Ainda estamos extasiados pela vinda do escritor moçambicano, Mia Couto... Durante quase duas horas, o autor nos proporcionou inúmeros momentos de reflexão e encantamento.
Como quem conversa com amigos, Couto falou sobre sua vida, seus primeiros leitores, sua paixão pela biologia e sobre sua experiência durante a dura guerra pela qual passou Moçambique. Nossos estudantes estavam alegres e honrados, ao mesmo tempo que demonstraram sua competência leitora nas perguntas direcionadas ao escritor.
Palavras nos faltam para descrever o momento que deixou no ar a leveza e a sutileza com que Mia Couto descreve as pessoas e o mundo que nos cerca.
Por essa razão, transcrevemos o trecho de uma carta aberta, lida para ele, redigida por nossa estudante Isabella Joannou:
“Embora tenha pouca experiência de vida com meus 16 anos, a leitura apaixonante de seus pensamentos e como o senhor traduziu e transpôs os sentimentos dos personagens, para mim, foi como subir um grande degrau de vivência e aprendizado. Tenho uma paixão natural pelos livros e seu modelo de narrativa me transporta e ensina como é a dura realidade dos povos que são intencionalmente esquecidos. Seus trabalhos consolidaram minha visão sobre os conflitos humanos e como devem ser entendidos. Sua lógica em tecer palavra por palavra, com sua linguagem única e com direção clara, mas ao mesmo tempo sútil, de compor a expressão de um povo é simplesmente cativante. É essa a revolução silenciosa e transformadora que realiza. Todos nós sempre guardamos tudo que nos trazem emoções e boas lembranças. O livro Terra Sonâmbula é um destes itens notáveis que vão me acompanhar em toda minha formação”.
Ressaltamos aqui a “revolução silenciosa e transformadora” ocorrida com esse evento e convidamos vocês a partilhar desse momento único nas fotos a seguir.
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