Nesse momento peculiar que a educação está vivendo, com as crianças retornando às aulas presenciais após um período longo em frente às telas nas aulas on-line, torna-se difícil manter o foco nas aulas expositivas. Por isso, os jogos podem ser grandes aliados do professor nas aulas. Com linguagem própria, dinâmica, regras e estratégias que atraem a atenção dos estudantes e geram engajamento com o conteúdo curricular.
É inegável a contribuição dos jogos para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, estreitamente ligadas ao raciocínio lógico. Entre elas, podemos citar a elaboração de estratégia, o levantamento de hipóteses, a tomada de decisão, a argumentação e negociação. Todas essas habilidades, por sua vez, oportunizam desenvolver a linguagem oral e colocar em prática a capacidade de expressão do jogador.
Mas você já parou para pensar o quanto esse recurso pode trabalhar as habilidades socioemocionais?
Jogando, as crianças experimentam interações com o outro, podendo conviver regras pré-estabelecidas ou criadas em consenso pelos participantes, aprendem a antecipar as reações do adversário, a respeitar sua opinião, a colaborar, além de lidar com derrotas e frustrações e trabalhar com virtudes como a tolerância.
Nesse trimestre, os estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental entraram em contato com o fascinante jogo de xadrez que desenvolve a habilidade espacial, ativa a concentração e a memória; demanda a capacidade de planejamento para a elaboração de estratégias e tomada de decisões. O xadrez trabalha a paciência e o respeito ao adversário.
Vejam um pouco do processo de aprendizagem que levou três aulas nas quais apresentamos o tabuleiro, as peças e, durante esse período, fomos ensinando o passo a passo de como se joga.
Que os estudantes possam transpor essas noções para os jogos pré-desportivos e futuramente para outras aprendizagens.